terça-feira, 30 de novembro de 2010

Demônio



M. Night Shyamalan, ficou conhecido pelo grande público, após realizar um simples filme chamado O Sexto Sentido, que contava a história de um menino que via fantasmas e então começaria seu tratamento com um psicólogo, o filme se tornou um sucesso e alçou o diretor indiano ao estrelato. Porém após esse seu grande feito, muitos dizem que sua carreira decresceu, em seguida fez Corpo Fechado, novamente com Bruce Willis, com quem já havia trabalho em seu longa anterior. Depois fez Sinais (eu considero seu melhor filme, já assisti milhares de vezes), um filme sobre alienígenas e laços familiares, que muitos não compreendem, mas tudo bem. Logo após veio A Vila, onde contava a história de pessoas que viviam em uma vila e não transpassavam os limites da floresta, pois conta uma lenda que há monstros no lugar, aí foi quando a popularidade de Shyamallan começou a cair consideravelmente. Em seguida, realizou A Dama da Agua, que era baseado em um conto que ele lia para o filho dormir, nem preciso dizer que foi um fracasso total. Retornando então ao genero favorito, o suspense, ele filmou Fim dos Tempos, outro filme que considero incompreendido, mas que também foi um tremendo fracasso. A gota d'agua veio com a adaptação do desenho Avatar, que recebeu o nome de O Ultimo Mestre do Ar, que chegou a ser boicotado pelos fãs do desenho. Toda essa mini filmografia, para falar dessse filme em que ele não dirige, somente produz o seu próprio roteiro, deixando a direção nas mãos dos irmãos John Erick e Drew Dowdle. O filme conta a história de 5 pessoas que ficam presas em um elevador de um prédio comercial em New York e as pessoas do lado de fora que tentam descobrir porque acontecimentos bizarros estão acontecendo dentro daquele minúsculo espaço e também tentam ajudá-los a sair dali, sendo que o mais importante, uma dessas pessoas é um demonio. Um filme bem simples, que tem a maior parte de seu tempo passado dentro do prédio e com um elenco desconhecido, mas que te prende desde o inicio. Vale a pena ir ao cinema assistir e levar sustos. Existem pessoas que não se interessam por este tipo de tema, mas eu que fã assumida de Supernatural desde a primeira temporada, gostei muito. Shyamallan poderia continuar fazendo suspense, que é sua especialidade. Parece que o brilho do diretor não se apagou totalmente, pelo menos não como roteirista e produtor, rs.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Considerando os recente eventos que vem ocorrendo atualmente, um filme como Tropa de Elite 2, mostra que temos serios problemas de governo em nosso pais e nossas cidades. O Rio hoje esta sendo vitima dos confrontos entre traficantes e policiais, que estão contando com a ajuda de soldados (da marinha, se não me engano) e do BOPE, pois a situação chegou a um ponto que ficou insustentável, onde nem a Polícia Militar e Civil conseguem dar conta. Acredito que agora nossos governantes vejam o quanto é ruim deixar uma favela ficar do tamanho do complexo do alemão, que ao contrário do que é noticiado pela globo, é um complexo e não favela do alemão, a Vila Cruzeiro sim, é uma favela, ops, comunidade isolada, que faz parte desse imenso complexo. Em Tropa, a comunidade da vez, é a fictícia Rio das Rochas, o que seria a nossa Rio das Pedras na zona oeste do Rio, que dizem ser controlada pela milícia há algum tempo. O filme pegou essa como exemplo, de que quando o problema não são os traficantes, é a polícia que se deixa corromper. Acho que a frase; "todos têm o seu preço",vem se aplicando muito bem a nossa sociedade, pois já no inicio do filme vemos um guarda penitenciario facilitar uma rebelião dentro de um presídio (que seria o nosso vergonhoso bangu 1) onde um dos chefões do tráfico mata um outro e de lambuja, ainda mata o guarda (bem feito!). Quando a chapa fica quente e mortes acontecem, sempre tem alguem do direitos humanos para reclamar e dizer que os caras do BOPE ou da polícia são animais. Acho que o mais interessante do filme, é mostrar de onde parte a criminalidade, ela vem de cima, dos governantes posudos, que no fim não se importam com quem morre, só querrem mais votos na próxima eleição, parte de Brasília e vai se espalhando como um vírus por todas as cidades, até que chega ao financiamento do tráfico ou no caso do filme, das milícias. Vergonhoso, o ponto em que nosso país chegou e o longa mostra isso de forma realista, sem parecer em momento algum exagerado. José Padilha está de parabéns por essa obra prima do cinema nacional e o mesmo para Wagner Moura que mais uma vez fez do Capitão (agora Coronel) Nascimento, um herói nacional.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Fabuloso Destino de Amelie Pulain

Confesso que demorei muito tempo para assistir a este filme, achava que seria chato, fantasioso demais ou talvez, como dizem os rapazes: "filme para mulheres". Porém após assisti-lo constatei que demorei muito que já deveria ter assistido há tempos. É uma historia fantasiosa sim, com um tom exagerado, claramente europeu e ja aviso logo, o filme é bem colorido, o que não faz com que ele seja inferior. Amelie Poulain, é uma menina que foi criada de forma peculiar por seus pais, como no inicio do longa explica, seu pai sempre foi muito frio, mesmo que amasse muito sua filha, não demonstrava muito isso, então toda a vez que ele, um médico, examinava sua filha, o coração da menina estava acelerado, fazendo com que eles acreditassem que a meina tivesse algum tipo de problema cardíaco precoce. A conclusão disso foi que eles criaram a menina sem nenhum tipo de contato com outras pessoas, fazendo com que ela quando adulta não soubesse como se comportar na presença de outras pessoas. De seus amigos peculiares no café onde trabalha em Paris a um estranho que conhece na estação de trens, todos os personagens se encaixam perfeitamente na história, fazendo com que nós, expectadores, adoremos cada um e torcemos para que todos terminem bem e felizes. Acho que posso classificar esse filme como um conto de fadas moderno, e Amelie é nossa heroína francesa. Vale mesmo uma conferida, até mesmo os rapazes vão torcer por um final feliz!
 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Homens em Furia (Stone)

Um filme sobre personagens problemáticos e que não pertencem aos locais onde estão. Um é um agente de condicional, encumbido de determinar quando um detento esta pronto para deixar a penitenciária em condicional, o outro é um detento acusado de matar seus avós em um incêndio muito suspeito. Stone, personagem interpretado por Edward Norton (sempre excelente) é o detento que de inicio parece um criminoso como outro qualquer, que somente quer conseguir sua condicional para sair da penitenciaria, enquanto que seu oficial da condicional (Robert DeNiro, mais uma vez interpretando um personagem autoritário e chato) é um cara pacato que vive com a esposa e frequenta a igreja todos os domingos. Toda a trama começa quando Stone pede a sua esposa para covença o oficial de aceitar sua soltura após algumas entrevistas, porém a partir daí um jogo de sedução começa e ele se vê inserido nessa confusão e se tornando um adultero. Só que já na primeira cena do longa já podemos ver que Jack (DeNiro) não é tão santo assim, e no presente trata a esposa como se ela não existisse, e ela podemos ver que vive com ele por medo. Já o personagem de Norton, Stone é um cara que se sente tão mal naquela prisão, que acaba procurando conforto em livros espíritas e a vontade de sair acaba se tornando algo secundário. A esposa de Norton, Lucetta (Milla "resident evil" Jovovich) é quem acaba fazendo todo o trabalho sujo e que tem Milla em seu mais convincente trabalho. Podemos classificar esse filme como um drama psicológico e um suspense em alguns momentos. Achei muito interessante, mas definitivamente não é para qualquer tipo de público, pois é paradão e até meio monótono em alguns momentos.
Obs: na sessão em que assisti, tinha um grupo atrás de mim que saiu da sessão dizendo que achou que o nome "homens em furia" remetia a um filme de ação, com tiros e explosões, e que ficaram decepcionados, que preferiam ter ido assistir Tropa de Elite 2 novamente. Lamentável ouvir esse tipo de comentário sobre o filme, mesmo sabendo que Tropa é um excelente filme.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Lenda dos Guardiões

Zack Snider é um bom diretor e vem comprovando isso a cada filme que dirige, para quem não o conhece, o cara foi responsável por 300, Watchmen, Madrugada dos Mortos (esse acho que foi seu grande deslize, mas sou suspeita para falar, pois odeio filmes com zumbis) e foi escolhido pelo produtor, Christopher Nolan para dirigir o próximo filme do Superman (depois daquele fiasco que foi o filme do Bryan Singer, Superman - O Retorno, espero que as pessoas não fiquem muito desconfiadas em relação a este). Voltando ao filme, A Lenda dos Guardiões fala sobre corujas, sim, corujinhas muito simpáticas, o principal é Soren, ele é um tito, uma raça pura de corujas de longa linhagem. Soren é jovem e ainda não sabe voar, assim como seu irmão Kludd e é assim que a história começa, quando os dois tentam treinar alguns "pulos" entre galhos e caem no chão, o que como eles explicam, não é bom para uma coruja, principalmente as jovens que não sabem voar. Lá eles são atacados e depois levados para um local desconhecido por outras corujas, e então eles descobrem que várias corujinhas estão sendo aprisionadas para se tornarem ou escravas ou guerreiras, a favor do vilão bico de prata contra os guardiões e é então que Soren e sua amiga Gylfie fogem com a ajuda de um escravo/guerreiro mais velho e começam sua jornada para tentar chegar nos guardiões, que eles até então achavam se tratar somente de uma lenda. Em sua jornada conhecem seus futuros grandes amigos, Twilight e Digger e reencontram a Sra P, uma cobra e babá de Soren. Apesar de um time um tanto peculiar, as aventuras em que se encontram conseguem conquistar o espectador. Zack Snider está se firmando como um daqueles diretores confiáveis, tipo Steven Spielberg (não estou comparando talento), sempre que vamos ver um filme dele, sabemos que valerá o ingresso, o contrario de Wolfgang Pettersen ou M. Night Shyammalan. Resumindo, o filme vale a pena, não somente para crianças,mas também para adultos que curtem assistir aventuras no cinemas.